Desde que foi sancionada a lei 11.903, em 2009, a rastreabilidade de medicamentos virou um assunto recorrente em empresas especializadas no desenvolvimento de software interessadas em oferecer a tecnologia para a indústria farmacêutica. Com o uso da ferramenta, o Brasil poderá enfrentar a luta contra a falsificação de remédios e evitar outros transtornos gerados pela falta de monitoramento desses produtos, seguindo exemplos de outros países que já adotaram tecnologias semelhantes, como Estados Unidos, Turquia e Argentina.
Diante deste cenário, a T2 Software se especializou em sistemas de rastreabilidade de medicamentos e vem se dedicando ao atendimento da indústria farmacêutica. A empresa desenvolveu um sistema chamado Pharmatrack, plataforma que cria uma identificação em cada unidade de medicamento durante toda sua cadeia de produção, da fabricação ao ponto de venda. “A rastreabilidade é um processo muito novo, inclusive, em outros países. Em nível de unidade, foi efetivamente implementada na Turquia em 2012, o que dificulta a busca por referências sobre o assunto”, afirma Rodrigo Klein, diretor executivo da empresa.
Segundo Klein, a tecnologia tem como principal objetivo monitorar o produto para prevenir fraudes e falsificações. “A rastreabilidade de medicamentos ajuda a identificar desvios no setor farmacêutico que podem ocorrer de diversas formas. A mais praticada no Brasil é através do roubo de cargas. Com todas as unidades identificadas unitariamente, será mais difícil a interceptação desses produtos”, explica Klein.
Como funciona
Durante a fabricação, cada unidade recebe um Identificador Único de Medicamento (IUM), contendo informações de lote, validade, um número serial, entre outras características do produto. Depois de finalizado, cada embalagem recebe uma identificação com um código de barras padronizado que, por meio do sistema, enviará a todos os IUMs presente na caixa.
O empresário Rodrigo Klein acredita que a tecnologia de rastreabilidade deve se expandir para outros setores. “Acho que o rastreamento é uma solução que veio para ficar e deve se estender para outras cadeias, especialmente, para indústria alimentícia”, diz. Mas até lá, Klein espera se consolidar no mercado farmacêutico.
O Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo) espera que os projetos de implementação desses sistemas devam gerar uma movimentação de R$ 1,4 bilhão até 2016. Atualmente, a T2 Software atende a 14 entidades do setor, além de participar das discussões e definições da implantação do sistema no País.
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